sexta-feira, 27 de julho de 2012

Volta às aulas, mochilas e dores nas costas.


Sempre que as férias estão terminando um assunto ganha força: as mochilas escolares e suas consequências!
O assunto ganha proporção assim como a cada ano temos uma sensação que os problemas de coluna aumentam.
Especialistas afirmam que o peso das mochilas não devem ultrapassar 15% do peso corporal (valor esse que varia de acordo com alguns autores), sabe-se no entanto que a sobrecarga pode causar além de dores problemas posturais.
Outro fator que nem sempre é falado é a distancia que o aluno irá percorrer com a mochila nas costas, não adianta a mochila estar de acordo com o que dizem os especialistas e o aluno percorrer vários km com a mochila nas costas.
As mochilas quando pesadas causam adaptações posturais (compensações) prejudiciais como o deslocamento do corpo para frente e tensões musculares, o que pode ainda ser muito pior quando levada em apenas um ombro.
Devemos incentivar a prática esportiva nas crianças em idade escolar, a pratica de atividades físicas além de todos os benefícios que são divulgados melhoram a imagem corporal e a desenvolver uma boa postura, ainda mais atualmente onde videogames e computadores estão presentes na vida de muitos alunos.
As mochilas com rodinhas são uma boa opção, mas também é importante ficar atento ao comprimento da alça para que a criança não precise ficar com o corpo inclinado para carregá-la.
A participação dos pais é fundamental para organizar o material escolar e evitar que materiais que não serão utilizados não sejam carregados desnecessariamente. Muitas escolas estão oferecendo armários para que todo o material não precise ser carregado todos os dias de casa para a escola e da escola para casa, apenas o que será utilizado.
Ao comprar a mochila de seu filho procure escolher uma que seja adequada ao tamanho dele, mochilas muito grandes além de não distribuir o peso como deveriam são um convite a levar itens desnecessários, procure por um modelo leve com material que não retenha calor, acolchoada na parte que fica em contato com as costas e de alças largas, ajustáveis e acolchoadas.
Oriente e policie seu filho para que não carregue a mochila em apenas um ombro, converse bastante sobre os benefícios de uma boa postura, do uso correto da mochila, da organização do material escolar e boa volta as aulas.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dores nas Costas, mais comum do que pensamos

Segundo o IBGE as dores nas costas acomete cerca de 80% da população brasileira, mas que pode ser muito maior, se levarmos em conta que muitos por diversos motivos não procuram ajuda especializada.
São aproximadamente 13% das consultas médicas (dentre todas as consultas e não apenas as ortopédicas e neurológicas), é a segunda causa de aposentadoria precoce, terceira causa de internações. Os dados são alarmantes, sem contar os prejuízos econômicos devido a faltas ao trabalho e baixa produtividade.
Vale a pena lembrar que sofre com dores não só aqueles que abusam da coluna, em todas as profissões e ocupações tem indivíduos sofrendo com dores na coluna, independente de sexo e idade, ainda sim a prevenção e a informação fazem muita diferença na instalação e evolução da patologia.
Estima-se que apenas 3% dessas pessoas busquem um tratamento que resolva, tal fato se deve a falta de informação e prevenção e principalmente porque a saúde brasileira estar fundamentada em tratamento medicamentoso. Não se investe em prevenção em uma politica de prevenção educação postural onde realmente faz diferença: na idade escolar. Muitos tratamentos se resumem a combater a dor e não em resolver o problema, além de custar caro os resultados são pouco eficientes.
Raras são as pessoas que buscam um tratamento visando combater a origem do problema, ou seja, descobrir qual estrutura encontra-se comprometida, trata-la e a partir de então iniciar uma mudança de hábitos e atividades físicas preventivas.
Focar o tratamento nos sintomas é fracasso na certa e as recidivas serão comuns.
Mesmo a cirurgia não é um tratamento totalmente eficaz, ou seja, mesmo sendo submetido a cirurgia não se pode garantir que o indivíduo não terá mais dor.
Segundo estudos a longo prazo o tratamento conservador oferece resultados melhores que as intervenções cirúrgicas, sem contar os riscos presentes em cada cirurgia.



sexta-feira, 22 de junho de 2012

Dores na Coluna: Uma Verdadeira Epidemia

As dores na coluna podem ser consideradas uma verdadeira epidemia devido ao elevado índice de acometidos e pelo impacto na economia mundial.
O mundo todo paga um alto preço pela falta de politicas de prevenção das dores na coluna, se apenas isso não bastasse falta muitas vezes qualificação profissional para atender esse número cada vez maior de pacientes.
No Brasil é a terceira causa de aposentadoria precoce e a segunda causa de faltas ao trabalho, estima-se que mais de 80% da população mundial tem, tiveram ou terão dores nas costas, números realmente assustadores.
Um fato que todos precisam saber é que mais de 90% dos casos são tratados de forma conservadora, ou seja, não necessitam de cirurgia. Outros fatores importantes no sucesso do tratamento são a correta detecção da origem das dores, a intervenção terapêutica certa para cada caso e acesso a informação ao paciente, é primordial que o paciente conheça tudo que for possível de seu caso, isso aumenta em muito o sucesso terapêutico.
Aliado ao programa de tratamento deverá ser proposto ao paciente posteriormente um programa de atividades físicas que visa eliminar ou mesmo diminuir as recidivas (novas crises), é preciso que tanto o profissional quanto o paciente tenha consciência que patologias degenerativas da coluna vertebral em geral não tem cura, mas com a correta abordagem terapêutica, mudanças de hábitos e um programa de exercícios físicos terapêuticos os resultados positivos chegam a 90%.
Existem várias causas para as dores na coluna, é importante ficar atendo a cada sintoma, não menosprezar nenhuma informação por mais insignificante que possa parecer, importante também é ficar atento ao componente emocional, que pode causar ou mesmo amplificar alguma dor que o paciente esteja sentindo.
Dentre as causa podemos citar: musculares (tensões ou distensões), ligamentares, síndromes facetárias (articulações posteriores das vértebras), espondilolistese, hérnias discais, artroses, estenoses e outras. A correta identificação é fundamental para se eleger o tratamento mais eficaz para cada um dos casos.
A conscientização do paciente sobre sua patologia e acesso a informação contribui muito para o sucesso do tratamento, através do acesso a informação o paciente poderá identificar outros sintomas referentes à sua patologia, poderá reconhecer fatores que podem prejudicá-lo, ajuda-lo passará a prestar mais atenção em sua postura e terá maior cuidados nas realizações de suas atividades de vida diária. O paciente também deverá estar consciente que a dor crônica irá certamente influenciar na sua qualidade de vida influenciando inclusive no seu emocional, o que poderá agravar seus sintomas ou mesmo criar novos sintomas, bem como ter influencias negativas na sua alimentação e qualidade do sono.

Os fatores causadores das patologias podemos citar o sedentarismo, crescente a cada dia, fatores genéticos, obesidade, fumo, má postura e muitos outros, mas o principal segundo muitos autores é a fraqueza ou ineficiência dos músculos estabilizadores (multífidos e abdominal oblíquo).
Os tratamentos se dividem em conservador e cirúrgicos, sendo conservadores o tratamento medicamentoso e fisioterapia, dentro da fisioterapia podemos citar diversas técnicas, algumas com muitas semelhanças e outras um pouco diferentes.
Particularmente gosto muito da combinação entre a Osteopatia, Sistema de Flexão e Distração, Mobilização Neural e Estabilização Lombar, essas técnicas combinadas tem rendido sucesso terapêutico próximo de 90%. Através da Osteopatia posso detectar as alterações mecânicas, áreas de hipo e hipermibilidade e corrigi-las, o sistema de flexão e distração diminui o volume da hérnia, melhora a circulação de metabólitos, diminui a estenose, a mobilização neural reduz a ciatalgia e a estabilização é o processo que vai ajudar a manter essas correções.
Claro que isso não se aplica a todos os pacientes, não existe uma receita de bolo, cada qual possui suas particularidades e uma outra técnica pode ser usada ou retirada dependendo do que apresenta o paciente.
Quando vai se aproximando o final do tratamento recomendo que o paciente inicie suas atividades físicas, em geral indico que faça o pilates com algumas modificações (que discuto antes com os instrutores) para manter a amplitude articular e principalmente manter equilibrado o sistema muscular do paciente.









segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Sistema de Flexão Distração


O Sistema de Flexão Distração (SFD) surgiu por volta de 1900, quando um Osteopata americano realizou alterações nos sistemas de tração. 
A tração mantida, usada até então é muito mais antiga que o SFD, com relatos de 3.000AC, sendo realizada das mais diferentes formas (cavalos, roldanas etc).
Mais tarde o quiropata James Cox, foi o primeiro a estudar o sistema e o modificar. Mais recente o Osteopata Eckard, que criou mais recursos, sendo as modificações realizadas por ele utilizadas até os dias atuais.
O paciente permanece deitado durante o tratamento, a mesa é capaz de ser ajustada à posição antálgica para que o tratamento seja completamente indolor. Inicia-se a flexão-distração por 5 minutos e este tempo vai se estendendo à medida que evoluir o tratamento chegando a 15 minutos. 
Hoje o sistema de Flexão-distração é sem sombras de dúvidas, um dos mais eficientes sistemas para tratamento de patologias lombares, dentre elas a hérnia discal, artrose, espondilolisteses, discartroses e mais alguns tipos de lombalgias. 
Nesta mesa, aplica-se uma força de descompressão associada à flexão da coluna vertebral exatamente no nível a ser tratado. Entre os efeitos desta técnica estão: 
* O espaço do disco posterior aumenta em altura; 
* A flexão diminui a protrusão do disco e reduz a estenose; 
* A flexão alonga o ligamento amarelo para reduzir a estenose; 
* A flexão abre o canal vertebral em 2mm (16%) ou 3,5 mm à 6mm; 
* A flexão aumenta a nutrição e o transporte de metabólitos para o disco; 
* A flexão abre as articulações apofisárias e reduz a tensão no disco posterior; 
* A pressão intradisco cai sob a tração para menos de 100mmHg. 
Na extensão o núcleo projeta-se anteriormente reduzindo a protusão aumentando o canal vertebral; Abertura dos forames intervertebrais, dando espaço para o nervo e gânglios da raiz dorsal; Diminuição do edema local; Diminuição da dor por ativação do sistema de comportas. 
Recente pesquisa publicada na revista BMC Musculoskeletal Disorders mostrou que 76% dos pacientes com hérnia de disco melhoraram dos sintomas. E que, dos 57 pacientes envolvidos na pesquisa, apenas 2 tiveram que passar por cirurgia. 
Em estudos publicados nas revistas Reomatology International Journal e Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy concluíram que a flexão-distração ajuda a melhorar os sintomas produzidos por discos herniados.
Em um trabalho mais recente realizado com o SFD pelo Osteopata Frances François Ricard, com mais de 700 pacientes ele obteve resultados positivos em mais de 85% dos casos, e em algumas hérnias pósteros mediais o índice de melhora superou 97%.
O SDF associado a recursos manuais especializados (como a Osteopatia) e o trabalho da musculatura estabilizadora da coluna (abdominal oblíquo e multífidos) apresenta resultados positivos em aproximadamente 90% dos casos de hérnias discais lombares, resultados superiores a intervenções cirúrgicas, principalmente se considerarmos os resultados a longo prazo.
Em Três Corações a Clinica de Fisioterapia São José, trouxe com exclusividade esse recurso.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Podoposturologia

A podoposturologia teve origem na França e é um método de correção de desequilíbrios corporais relacionados com a postura e com disfunções ortopédicas que tenham origem nos pés. Este método de tratamento não invasivo é feito com técnicas manuais e correção com órteses plantares (palmilhas) com estímulos mecânicos e proprioceptivos que são relacionados ao sistema nervoso. A técnica trazida para o Brasil em 1997 tem sua utilização hoje fundamentada com pesquisas feitas tanto no Brasil como no exterior.
O funcionamento da técnica se baseia no princípio da correção da origem dos desequilíbrios encontrados no corpo. Será avaliado as entradas sensório motoras que podem perturbam a POSTURA ( Oclusão dentária, Vestíbulo Coclear – labirintos , Óculo- motor e Podal ). Um dos freqüentes locais de origem são os pés, onde, como um exemplo, quando temos uma alteração no tipo de pisada, isso resultará em uma alteração do funcionamento do tornozelo, como adaptação os joelhos irão se sobrecarregar para compensar a alteração de tornozelo, o quadril e a pelve por sua vez irão se sobrecarregar pela alteração existente no joelho, e assim sucessivamente, até que uma estrutura ou articulação no corpo não conseguirá se adaptar ao estimulo e irá provocar sintomas (em geral dor).
Se uma avaliação superficial for realizada iremos verificar somente o local que provoca os sintomas, porém a causa de toda a disfunção está nos pés. Com a podoposturologia a correção será feita desde o inicio das alterações para que as compensações que o organismo realizou se normalizem sozinhas, assim como iniciaram. Essas alterações do funcionamento normal do organismo com conseqüentes adaptações à distancia, são mais comuns do que imaginamos, onde sempre uma avaliação completa deverá ser executada.
A avaliação mais importante é a avaliação clinica, mas alguns recursos que auxiliam e aumentam a precisão do diagnóstico, dentre eles temos a baropodometria computadorizada, um equipamento que possui uma plataforma de pressão que através de sensores capta as pressões plantares e também os deslocamentos do corpo no espaço. Esta plataforma nos auxiliará tanto na avaliação para o diagnóstico das alterações plantares, como também nos guiará em relação ao tratamento. A avaliação será feita sempre direcionada aos desequilíbrios do paciente sendo eles estáticos, dinâmicos ou da postura. O equilíbrio, essencial no controle postural, também é avaliado com a plataforma.
As correções dos desequilíbrios são feitas através de técnicas manuais e exercícios, e quando necessário, a palmilha com os estímulos podais é indicada. Estes estímulos são feitos com elementos confeccionados em EVA e espuma com densidades e espessuras diferentes, que dependendo de cada caso serão inseridos na palmilha. Esta palmilha então é adaptada ao pé do paciente através do processo de termomoldagem, que favorece o maior contato da palmilha com os pés e facilita assim a captação dos estímulos pelo sistema nervoso. A indicação das palmilhas é feita com base nos resultados da avaliação, sendo que cada paciente somente receberá os estímulos para as alterações encontradas, não existindo nenhum protocolo de colocação dos elementos, ou seja, a individualidade do individuo é preservada.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Hérnia de Disco Pode ser Tratada Sem Cirurgia

A hérnia de disco está entre as queixas mais recorrentes quando o assunto é problema na coluna. Apenas no Brasil, são mais de cinco milhões de pessoas sofrendo com os traumas resultantes dessa complicação. A hérnia de disco nada mais é do que uma ruptura estrutural em um dos discos da coluna, ocorrendo com mais frequência na região lombar ou cervical. Além de provocar dor, ela geralmente inabilita a vítima de exercer suas funções normalmente. Após passar por um diagnóstico médico, muitas pessoas são logo encaminhadas para a cirurgia, expondo seus organismos aos riscos inerentes a qualquer intervenção cirúrgica. Mas o que o grande público não sabe, e merece saber, é que a cirurgia não é a única solução para esse mal, e muitas vezes é a saída menos indicada. A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos afirma, com base em estudos, que cerca de 90% dos portadores de hérnia de disco podem melhorar através de práticas orientadas e regulares de técnicas como a acupuntura, a fisioterapia, o Rolfing e o RPG (Reeducação Postural Global). “A cirurgia só deve ser uma opção quando não há resposta terapêutica a um tratamento de no mínimo oito semanas envolvendo fisioterapia, outras técnicas e medicamentos”, alerta o reumatologista paulista José Goldenberg. Confira quais são as possibilidades de tratamento: Fisioterapia: Tratamento recomendado principalmente para o relaxamento e a reeducação postural. Evita que problemas pequenos se tornem grandes. Acupuntura: Indicado como complemento de outras terapias e apenas para problemas em estágio inicial. O tratamento à base das agulhas serve para aliviar dores e desbloquear terminais de energia espalhados pelo corpo. Rolfing e RPG: Ambos são muito úteis no fortalecimento das vértebras, gerando flexibilidade e maior capacidade de movimentos. Antiinflamatórios: Quando a situação está realmente grave, os terminais nervosos, a musculatura, as articulações e os ligamentos ficam contraídos pela inflamação, causando mais dor que o suportável. Os antiinflamatórios são bem úteis nesse caso. Exercícios físicos: Fortalecer os músculos, em especial o grupo abdominal, é primeiro passo pra quem quer ficar longe dos problemas de coluna. É possível reforçar músculos e tendões que circundam as vértebras e impedir o avanço da doença. Fonte: Portal Viva Viver e Revista Istoé

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Osteopatia muito além da coluna.

Apesar de quase a totalidade dos pacientes que procuram um tratamento osteopático possuírem como queixa as dores na coluna a Osteopatia vai muito mais alem. A Osteopatia é um sistema de cuidados completo, tratando desordens dos diversos sistemas do corpo. Não é raro ouvir de um paciente que nos procurou para tratar de uma hérnia discal que ele passou a dormir melhor, melhora da função intestinal, diminuição dos sintomas da TPM, alívio das dores de cabeça etc. Tudo isso se deve a abordagem osteopática, a busca pela causa e não pelos sintomas, a busca por harmonizar o todo, não apenas em oferecer alívio das queixas do paciente. Realizar um tratamento osteopático é muito mais que "estalar" seu paciente é colocar em prática as leis básicas (e simples) que regem a osteopatia. A intervenção manual aplicada sobre as articulações, músculos, fáscias, vísceras, tecido nervoso, ligamentos e capsulas oferecem resultados rápidos e seguros desde que aplicada por um profissional habilitado e capacitado. Apesar de muitas vezes ser vista como algo místico a Osteopatia é totalmente baseada na ciência e tem como fundamentos a anatomia, fisiologia, semiologia e seu tratamento é realizado mediante uma avaliação clínica criteriosa. Sempre costumo dizer que para trabalhar com osteopatia a avaliação é 99% do tratamento, a manipulação, a correção deve ser sempre consequência do que foi encontrado na avaliação, o que torna a osteopatia diferente não são as manipulações, mas a visão que o fisioterapeuta passa a ter do paciente. Além dos problemas de coluna (Lombalgia, dorsalgia, cervicalgia, hernias discais, espondilolistese, artrose etc), a Osteopatia é eficaz no tratamento de LER\DORT, tendinites, cefaleias, disfunções da ATM, labirintite, TPM e muitos outros. Se divide em Osteopatia estrutural, visceral e craniana, que se complementam para tratar o paciente de maneira global. O profissional habilitado a praticar a osteopatia no Brasil é o fisioterapeuta especializado em osteopatia. Essa especialização segundo a resolução 220 do COFFITO deve conter 1.500 horas, apesar de a abertura de provas de titulos de especialidade NA MINHA OPINIÃO, o paciente deve procurar sempre por um profissional que concluiu a especialização de 1.500 horas, devido a complexidade da Osteopatia. Osteopatia Estrutural: Está relacionada às disfunções do sistema músculo-esquelético e tem como principal foco de trabalho as dores do corpo. Atua desta forma principalmente nos tecidos: ligamentar, muscular, tendíneo, articular, nervoso e fascial. Para atuar sobre os tecidos que estejam em disfunção (com restrição de sua mobilidade) pode valer-se de um grande número de técnicas com repercussões distintas sobre cada tecido: stretching (muscular); pompagem (ligamentar e vascular); miotensiva (muscular); articulatória (ligamentar e muscular); inibição (muscular); thrust (ligamentar, muscular, capsular e vascular); pontos gatilho (muscular); técnicas funcionais (fáscias) e técnicas neuromusculares (muscular, vascular e fascial). Osteopatia Visceral: Está voltada para o bom funcionamento sistêmico do corpo, ou seja, lida com as relações entre as vísceras, sistema nervoso central e o sistema estrutural. Tem como principal foco de tratamento as alterações viscerais e sistêmicas. As técnicas podem ser realizadas diretamente sobre as vísceras, fáscias que as sustentam e/ou reflexamente através da estimulação e normalização dos centros simpáticos e parassimpáticos. Na visão osteopática essas alterações viscerais podem ter origem simpática, parassimpática, hormonal, restrição tecidua e diminuição do líquido seroso presente na cavidade abdominal. Os principais efeitos da manipulação visceral são: eliminação do espasmo reflexo da musculatura lisa do trato visceral; estiramento das fáscias com o fim de liberar as aderências e dar elasticidade e liberdade de movimento; aumento da vascularização local, suprimindo o angioespasmo; supressão do arco reflexo nociceptivo, neurovegetativo ocal que agrava ou mantém a facilitação medular. Os principais sintomas com indicação de tratamento por osteopatia são: hérnia de hiato; ptoses viscerais; asma brônquica; pneumonia; constipação intestinal; distúrbios hepatobiliares; alterações cardíacas; distúrbios renais; alterações do ciclo menstrual; síndrome pré-menstrual; alterações hormonais; queda da imunidade; patologias sistêmicas de origem visceral. Osteopatia Craniana: Se relaciona principalmente com o sistema neurovegetativo, nervos cranianos e o livre trânsito de informações neurológicas por toda a extensão da coluna vertebral (o que chamamos de eixo central), até o sistema nervoso central (cérebro, tronco cerebral e cerebelo). Todos os sistemas reguladores do corpo dependem desta integridade de informações. Os principais focos a serem tratados são: o sacro (pela relação com a duramáter – mecanismo crânio-sacro), as fáscias presentes na base do crânio, a saída dos pares cranianos pelos forames cranianos e as aderências medulares. Basicamente são utilizadas as técnicas funcionais que, apesar de suaves, produzem efeitos importantes como demonstra a pesquisa realizada pelo médico e osteopata russo Dr. Yuri Moskalenko que conseguiu quantificar por meio de barorrecepetores intracranianos em pacientes com trauma crânio-encefálico, a diminuição da pressão intracraniana após os procedimentos osteopáticos. Tem como principais indicações os seguintes sintomas: cefaléias e enxaquecas; distúrbios visuais e auditivos; disfunções da articulação têmporo-mandibular; distúrbios de deglutição; alterações digestivas (pela inervação do nervo vago); alterações vestibulares; alergias; rinites e sinusites; otites; dores crônicas.