sexta-feira, 22 de junho de 2012

Dores na Coluna: Uma Verdadeira Epidemia

As dores na coluna podem ser consideradas uma verdadeira epidemia devido ao elevado índice de acometidos e pelo impacto na economia mundial.
O mundo todo paga um alto preço pela falta de politicas de prevenção das dores na coluna, se apenas isso não bastasse falta muitas vezes qualificação profissional para atender esse número cada vez maior de pacientes.
No Brasil é a terceira causa de aposentadoria precoce e a segunda causa de faltas ao trabalho, estima-se que mais de 80% da população mundial tem, tiveram ou terão dores nas costas, números realmente assustadores.
Um fato que todos precisam saber é que mais de 90% dos casos são tratados de forma conservadora, ou seja, não necessitam de cirurgia. Outros fatores importantes no sucesso do tratamento são a correta detecção da origem das dores, a intervenção terapêutica certa para cada caso e acesso a informação ao paciente, é primordial que o paciente conheça tudo que for possível de seu caso, isso aumenta em muito o sucesso terapêutico.
Aliado ao programa de tratamento deverá ser proposto ao paciente posteriormente um programa de atividades físicas que visa eliminar ou mesmo diminuir as recidivas (novas crises), é preciso que tanto o profissional quanto o paciente tenha consciência que patologias degenerativas da coluna vertebral em geral não tem cura, mas com a correta abordagem terapêutica, mudanças de hábitos e um programa de exercícios físicos terapêuticos os resultados positivos chegam a 90%.
Existem várias causas para as dores na coluna, é importante ficar atendo a cada sintoma, não menosprezar nenhuma informação por mais insignificante que possa parecer, importante também é ficar atento ao componente emocional, que pode causar ou mesmo amplificar alguma dor que o paciente esteja sentindo.
Dentre as causa podemos citar: musculares (tensões ou distensões), ligamentares, síndromes facetárias (articulações posteriores das vértebras), espondilolistese, hérnias discais, artroses, estenoses e outras. A correta identificação é fundamental para se eleger o tratamento mais eficaz para cada um dos casos.
A conscientização do paciente sobre sua patologia e acesso a informação contribui muito para o sucesso do tratamento, através do acesso a informação o paciente poderá identificar outros sintomas referentes à sua patologia, poderá reconhecer fatores que podem prejudicá-lo, ajuda-lo passará a prestar mais atenção em sua postura e terá maior cuidados nas realizações de suas atividades de vida diária. O paciente também deverá estar consciente que a dor crônica irá certamente influenciar na sua qualidade de vida influenciando inclusive no seu emocional, o que poderá agravar seus sintomas ou mesmo criar novos sintomas, bem como ter influencias negativas na sua alimentação e qualidade do sono.

Os fatores causadores das patologias podemos citar o sedentarismo, crescente a cada dia, fatores genéticos, obesidade, fumo, má postura e muitos outros, mas o principal segundo muitos autores é a fraqueza ou ineficiência dos músculos estabilizadores (multífidos e abdominal oblíquo).
Os tratamentos se dividem em conservador e cirúrgicos, sendo conservadores o tratamento medicamentoso e fisioterapia, dentro da fisioterapia podemos citar diversas técnicas, algumas com muitas semelhanças e outras um pouco diferentes.
Particularmente gosto muito da combinação entre a Osteopatia, Sistema de Flexão e Distração, Mobilização Neural e Estabilização Lombar, essas técnicas combinadas tem rendido sucesso terapêutico próximo de 90%. Através da Osteopatia posso detectar as alterações mecânicas, áreas de hipo e hipermibilidade e corrigi-las, o sistema de flexão e distração diminui o volume da hérnia, melhora a circulação de metabólitos, diminui a estenose, a mobilização neural reduz a ciatalgia e a estabilização é o processo que vai ajudar a manter essas correções.
Claro que isso não se aplica a todos os pacientes, não existe uma receita de bolo, cada qual possui suas particularidades e uma outra técnica pode ser usada ou retirada dependendo do que apresenta o paciente.
Quando vai se aproximando o final do tratamento recomendo que o paciente inicie suas atividades físicas, em geral indico que faça o pilates com algumas modificações (que discuto antes com os instrutores) para manter a amplitude articular e principalmente manter equilibrado o sistema muscular do paciente.









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